“Bom dia, grupo! Tenham uma tarde abençoada”. Se você, assim como eu, fica um pouco neuvouser com as imagens de “bom dia” no WhatsApp, pode se preparar porque o que vem é chocante.
Pareceu bem sensacionalista, me desculpe. Na verdade, o que pouca gente sabe é que existe um mercado, de empresas de comunicação e profissionais liberais, altamente engajado em produzir esse tipo de conteúdo.
De acordo com a BBC, em reportagem sobre o tema, mais de 10 imagens e 20 frases de efeito são postadas diariamente, apenas por uma agência de comunicação. E é o volume que torna o negócio viável: para a agência entrevistada pela BBC, os anúncios, colocados nos maiores sites da área, são praticamente a única fonte de renda.
Essa vai para o zap
Quando saem dos sites, entretanto, fica impossível saber o alcance real e quantas pessoas são atingidas pelas publicações. Até porque as mensagens do WhatsApp são, teoricamente, criptografadas.
E pode falar que você tinha certeza que os consumidores deste tipo de conteúdo são senhoras de idade, né? Errooooooou! As pessoas que mais acessam e baixam as imagens são, normalmente, mulheres entre 25 e 35 anos. Ok, talvez você não tenha errado tanto assim. Depois que as imagens saem dos sites e chegam ao WhatsApp, quem gosta mais de compartilhar são as mais velhas mesmo.
Em entrevista para a BBC, Ricardo Oliveira, dono de uma agência que produz mensagens e imagens positivas, projeta que, a cada 20 visitantes do site, um baixa as imagens. Ele também acredita que, em média, eles espalham para umas dez pessoas, cada, no zap zap.
Dias de luta, dias de luta
Infelizmente, assim como diversos setores, a área viu uma queda significativa nos retornos financeiros, agora durante a pandemia. Não porque o número de visitas caiu (muito pelo contrário, aumentou), mas por conta da queda de anúncios mais caros. Uma das empresas entrevistadas pela BBC teve uma queda de 70% em seu faturamento, nos últimos 6 meses. Outra viu uma queda de 50%. Não tá fácil para ninguém mesmo.
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