Pandemia muda marketing de influência

Com a pandemia do novo coronavírus chegando para balançar todas as nossas estruturas (e psicológicos, financeiras, emocionais…), é impossível citar uma profissão que não se viu afetada pela pandemia. Sério mesmo, eu não consigo imaginar.

Uma das profissões afetadas foi a do influenciador digital. Já falamos, recentemente, sobre como os blogueiros e blogueiras de turismo sofreram com a queda na busca por este tipo de conteúdo. 

Mas parece que essa mudança no ramo de influencers digitais foi mais intensa. Pelo menos é o que afirma, em reportagem do Portal Exame, Ana Paula Passarelli, co-fundadora da Brunch e com mais de dez anos trabalhando com, para e como influencer. 

Para ela, a pandemia apenas acelerou uma mudança que já estava em rumo há algum tempo. Agora, parece que os usuários estão consumindo um conteúdo mais informativo e menos de entretenimento puro. Mas o que isso quer dizer?

Quer dizer que vídeos com banheira de Nutella e pegadinhas perderam um pouco o espaço. Óbvio que continuam fazendo sucesso, mas são criadores de conteúdo de finanças, sobre o coronavírus e saúde mental que são os queridinhos do momento.

Para a profissional, essa mudança veio porque, cada vez mais, empresas desejam associar suas imagens a influenciadores que criam conteúdos relevantes. 

O caso Pugliesi

https://www.instagram.com/p/CC4LErsBr8M/

Um dos maiores exemplos é a blogueirinha Gabriela Pugliesi, que foi canceladíssima. Sendo uma das primeiras celebridades a contrair covid-19 no Brasil, esperavam um pouco de bom senso dela, certo? Errado! A princesa foi lá e fez uma festa com os amigos, em meio à pandemia. Parabéns pela coragem, porque bom senso não teve.

Depois desta atitude, perdeu diversos contratos publicitários e se tornou persona non grata para muitas marcas. Estima-se que o prejuízo da influencer chegou a marca de 3 milhões de reais. Rindo de nervoso aqui. 

A polêmica aconteceu lá em abril e só em julho ela voltou ao Instagram, porém com cerca de 400 mil seguidores a menos (ela tinha 4,58 milhões). A queda parece não diminuir, visto que, no mês de retorno ela contava com 4,4 milhões de seguidores. 

Também, ao dar uma breve stalkeada no Instagram, não consegui encontrar nenhuma parceria com marcas grandes. Força, guerreirah.

O caso Prioli

https://www.instagram.com/p/CE7piafBN9h/

Já do outro lado da balança, Gabriela Prioli, que ganhou atenção na mídia, após seu trabalho na CNN Brasil, falando de política, parece continuar crescendo no mercado digital. Com parcerias como Samsung e Natura, além de trabalhos anteriores com Quem Disse, Berenice? e Addera, parece que debater com gente desinformada funcionou.

O caso Nathaly Dias

https://www.instagram.com/p/CE9jxaUAFin/

Mais um exemplo, ainda ao lado do influencer de conteúdo informativo, temos Nathaly Dias. Sim, sim, a Blogueira de Baixa Renda. Em sua carta de parcerias, para você ter uma ideia que ela não veio para brincadeira, ela conta com Comfort, Itaú, Heinz e Droga Raia. 

Falando sobre economia e finanças para pessoas de baixa renda, ela se consagra através de suas publicações sempre relevantes e interessantes. Conte comigo para tudo.

Por que essa mudança?

Falei um pouco lá em cima sobre isso, mas, para aprofundar, vamos nessa. De acordo com Passarelli, empresas que investiram nesses tipos de profissionais, não viram um bom reflexo nas taxas de conversão. Ou seja, não valeu a pena.

As grandes marcas agora procuram impactar de maneira positiva, não apenas por se vincular a blogueiras e blogueiros não especializados. Afinal, normalmente, quem dá as cartas da publicidade é o próprio criador de conteúdo, que encaixa a propaganda em seu estilo de postagem, mantendo-se coerente. 

Pensa comigo, não parece mais vantajoso o Itaú, por exemplo, investir em blogueiras de finanças, ao invés de blogueiras sem um nicho informativo? Com toda certeza, né, até porque quem está lá, tem interesse em alternativas financeiras.

E as previsões para o futuro?Para Passarelli, não dá para ser muito otimista quanto a este tipo de impacto se manter. Ela acredita que, como forma de revanche, quando o mundo voltar ao normal, voltaremos a consumir, talvez até mais do que consumimos hoje. Parece que a memória da humanidade é curta, não é?

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